Marília Gabriela entrevista Silas Malafaia

Quando fiquei sabendo da entrevista, confesso que fiquei um tanto quanto assustado com o fato de se abrir mais um espaço para que Silas Malafaia reverberasse sua homofobia, utilizando o nome de Deus. Ao ver o inteiro teor da entrevista, percebi o quanto esse espaço foi e está sendo importante para fazê-lo escorregar nas inúmeras inverdades ditas a respeito da sexualidade. Contrariando diversas análises e conclusões científicas, Malafaia chega ao absurdo de comparar os homossexuais com criminosos. 

Vai dizer que o que ele prega é amor? Que amor é esse que leva uma série de pais a expulsarem seus filhos de casa? Que amor é esse que leva ao inconsciente das pessoas a rejeição, a repulsa? Que amor é esse que tem como resultado a violência moral, física e a morte? Que amor é esse que faz com que inúmeros jovens  pensem que são doentes ou que estão condenados em razão da sua orientação sexual? 

Inúmeros problemas sociais assolam o nosso país, e porque esse líder religioso se preocupa justamente com a liberdade sexual das pessoas? Se ele se diz tão preocupado com as famílias, por que ele não utiliza toda a sua popularidade e o seu carisma para ajudar aqueles que tem fome e sede de justiça? Por que então não utiliza seu discurso para impulsionar missões de combate a pobreza ou a violência praticada contra crianças e adolescentes de nosso país. Mas não, o seu objetivo está marcado a infernizar a vida daqueles que simplesmente querem ser vistos com os mesmos direitos. O seu objetivo é aumentar os níveis de desigualdade social de nosso país, dando força ao aumento de mais um número da desigualdade, a desigualdade de gênero e a discriminação sexual. 

Amor ao próximo não é pregado por esse homem nem aqui nem na China. O que eu vejo é o ódio, a repulsa, o desprezo e a incitação de violência contra uma parcela da população que merece assim como todas as outras: RESPEITO!